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sexta-feira, abril 17, 2009

Introdução aos mistérios da AMOAL - Parte 3


Antes de Constantino ser coroado imperador de Roma, em 312 d.C., houve uma guerra civil na qual as forças de Constantino foram confrontadas com as forças do general Maxcêncio. Aquele que vencesse seria proclamado imperador de Roma. Depois de sofrer várias derrotas, Constantino conclamou os cristãos para o apoiarem, com a promessa de cristianizar o Império Romano. Os cristãos o apoiaram e na última batalha Constantino venceu Maxcêncio, sendo em seguida coroado imperador.

Muitos romanos tornaram-se cristãos para agradar o imperador. O cristianismo agora era a religião oficial do Império Romano. Mas aos pouco foi acontecendo um sincretismo do cristianismo com o paganismo. As imagens dos deuses antigos romanos foram novamente sendo introduzidas, porém agora com nomes cristãos. Nesse sincretismo, Vênus e Cupido, que eram Semíramis e Tamuz, passaram a ser chamados de “Maria e o menino Jesus”.

Sim, gafanhoto, depois que Constantino adotou o cristianismo, a Igreja Católica Romana recebeu a influência de muitas das doutrinas das Religiões de Mistério da Babilônia. Isso resultou em algo muito diferente daquilo que Jesus Cristo e seus discípulos ensinaram. Os ensinos da Igreja Romana tornaram-se uma forma sofisticada de filosofia pagã camuflada com os ensinos de um Deus onipotente e transcendente. A Igreja adotou a adoração da mãe e do menino, o batismo de bebês, a confissão a um sacerdote e muitos outros aspectos da Religião de Mistérios da Babilônia.

A Igreja Católica, no entanto, não adotou os aspectos ocultistas das Religiões de Mistério – e ainda hoje proíbe o sexo fora do casamento, a prática do sexo anal, o cunnilingus, o fellatio, o aborto e a camisinha. Esses aspectos permaneceram com as Escolas de Mistério do Oriente, principalmente com os cabalistas e os gnósticos até o tempo das Cruzadas.

Os aspectos ocultos da Sabedoria Devassa apareceram publicamente na França com a ascensão da Dinastia Merovíngia e as lendas de “Percival e a busca pelo Santo Graal”. O cisma explodiu e tornou-se um grande conflito quando os Cavaleiros Templários retornaram das Cruzadas como os homens mais ricos do mundo.

Os Cavaleiros Templários e o Priorado de Sião tornaram-se a elite cultural que adotou totalmente os aspectos ocultistas dos Antigos Mistérios. Isso os pôs em rota de colisão com a Igreja de Roma e seus aliados. O Priorado de Sião passou a operar às escondidas e tornou-se uma “sociedade secreta” da elite, enquanto os Cavaleiros Templários foram violentamente atacados pelo rei francês Felipe IV, o Belo, e pelo papa Clemente V.

Os Cavaleiros Templários são tão polêmicos quanto a existência de Atlântida ou da Lemúria. Existem inúmeras teorias sobre esses cavaleiros. Para muitos, eles eram os guardiões de um harém do rei do Sião, em Turim. Para outros, eles possuíam conhecimentos secretos dos magos do Antigo Egito e eram capazes de fazer uma fêmea chegar ao orgasmo só de ver sua espada reluzente. E há ainda aqueles que defendem a idéia de que eles estavam envolvidos na conspiração que matou o presidente Kennedy.

Pelo que se sabe sobre os Cavaleiros Templários, fica bastante difícil imaginarmos a razão pela qual eles eram capazes de abandonar lares, esposas e filhos, viajando para a Terra Santa, com o único propósito de proteger as estradas para os peregrinos que para lá se dirigiam. Só se suas esposas fossem verdadeiros dragões. Os ocultistas mais românticos acreditam que os Cavaleiros Templários provavelmente possuíam um terrível conhecimento secreto para abater lebres casadas e, por isso, eram perseguidos implacavelmente pelos maridos traídos.

O que se sabe é que Felipe IV, na época rei da França, necessitando de dinheiro para manter o seu inglório reinado, percebeu que se prendesse os Cavaleiros e confiscasse a imensa fortuna que possuíam teria resolvido seus problemas financeiros. Assim, acusou-os de feiticeiros sexuais e mandou queimá-los em imensas fogueiras, apoderando-se da grande fortuna acumulada pelos Cavaleiros Templários.

Acredita-se que Felipe tenha passado longas noites arquitetando um plano diabólico para incriminar os Cavaleiros. Ele esculpiu um ídolo oriental conhecido por Baphomet, com cabeças e patas de bode, seios de mulher, asas de anjo e a cara do Pedro de Lara, algo bastante assustador para a época, e acusou os Templários de adorarem aquele símbolo do mal.

No dia 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, Felipe IV ordenou a prisão e morte de todos os Cavaleiros Templários. Eles foram torturados e queimados vivos pela Santa Inquisição, acusados de heresia, sodomia, culto ao diabo e outras baboseiras. Daí a tradição de chamarmos as sextas-feiras 13 de dias de azar.

Na noite anterior, no entanto, um número desconhecido de Cavaleiros partiu da França, com dezoito navios carregados com o lendário tesouro da Ordem e os protocolos de Ninrode. Uma parte desses navios aportou na Escócia e os Templários associaram-se com os Guardas Escoceses, com os Rosa-cruzes, o Colégio Invisível e a Sociedade Real (todos grupos ocultistas), e juntos formaram o Rito Escocês da Maçonaria.

A outra parte dos navios aportou na Holanda, onde a prática do sexo livre já estava na ordem do dia. Na terra da laranja mecânica, os Templários associaram-se à Irmandade do Haxixe, ligada a ocultistas afegãos, à Ordo Templi Orientis, de refugiados libaneses, à Ordem Hermética das Mulheres Escarlates e ao Califado da Rosa Púrpura do Cairo, essas duas últimas formadas por prostitutas, rufiões, donos de sex shop e comerciantes ligados ao baixo meretrício. A Sabedoria Devassa inspirou o surgimento da “Red Zone”, em Amsterdã, que ainda hoje é o maior entreposto de putaria do planeta.

Por conta disso, o Templarismo emergiu no início do século 18, caminhando em duas direções diferentes. A primeira, que não nos interessa, virou parte integrante da Maçonaria e, atualmente, constitui o grau mais elevado do Rito de York – ramo mais antigo da Maçonaria que requer que os seus membros estejam afiliados num Capítulo do Arco Real.

A segunda corrente, que é a que nos interessa, virou parte integrante da Machonaria e entrou para os anais (no bom sentido) do misticismo devasso como Ordem do Venerável Espada-Matador, tendo sido fundada pelo escritor Giacomo Casanova, na cidade de Veneza, em 1752, sendo, oficialmente, a primeira tasca antiga e aceita da Sabedoria Devassa.

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