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quinta-feira, novembro 04, 2010

25 discos de Blues para você ouvir antes de morrer


ROBERT JOHNSON - The Complete Recordings
Todas as 41 músicas gravadas pelo maior mito do blues estão reunidas nesta caixa com dois CDs, lançada em 1990. O grande lance desta reedição é a restauração digital das masters. Todas as músicas que inspiraram lendas como Eric Clapton, Jimmy Page, Mick Jagger e Keith Richards estão Lá: “Crossroads Blues”, “Rambling on my Mind”, “Sweet Home Chicago”, “Walking Blues”, “Traveling Riverside Blues”, “Love in Vain”... Mais do que fundamental.
BESSIE SMITH - Empress Of The Blues
Esta soberba coletânea da Imperatriz do Blues, apelido oficial de Bessie Smith, mostra porque as mulheres tiveram importância total nos primeiros anos do estilo. Com faixas gravadas entre 1923 e 1933, Empress Of the Blues é de emocionar até pedra no deserto. Só “Nobody Knows When You’re Down And Out” e “Baby Won’t You Please Go Home” já valem o investimento.   
 HOWLIN’ WOLF, MUDDY WATERS & BO DIDDLEY -The Super Super Blues Band
Um encontro de três gênios do blues elétrico. Gravado em Chicago em 1967, o álbum registra uma jam session histórica, com a ajuda do jovem Buddy Guy no baixo. Enquanto isso, Bo, Muddy e Wolf revezam-se nas guitarras e vocais. Versões poderosas de “Long Distance Call”, “Sweet Little Angel” e “The Red Rooster”. 
 B.B. KING - Live In Cook County Jail
Gravado durante uma festa numa prisão em 1971, este é um dos mais contundentes discos ao vivo já gravados. B.B. bate papo e mexe com a emoção dos presos e suas mulheres, que respondem aos lamentos do bluesman com o coração na mão. Releituras sensacionais de “Everyday Have the Blues”, “How Blue can you Get?”, “3 O’Clock Blues” e “Sweet Sixteen” são os destaques.
 STEVIE RAY VAUGHAN - Texas Flood
Primeiro e mais tosco disco do grande bluesman dos anos 80, Texas Flood abriu as portas do saloon para Stevie Ray. Com a produção do lendário John Hammond e litros e litros de bourbon goela abaixo, o guitarrista chegou chutando tudo. Seu estilo selvagem influenciou toda uma geração e balançou o mundo do blues. A faixa titulo, “Dirty Pool” e os instrumentais “Testify” e “Rude Mood” são um aperitivo do estrago que o selvagem Stevie Ray causaria.
 THE ROBERT CRAY BAND – Who’s Been Talkin’
Ótima estréia do bluesman que daria novo fôlego ao estilo nos Estados Unidos a partir de 1980. Seu timbre vocal de soulman e sua guitarra cristalina conquistariam o mundo na sequência. Neste disco, Cray ainda não havia sido contaminado pelo pop fácil que quase o derrubou depois e mostrava que entende muito de blues. 
 JOHN LEE HOOKER - Chill Out
Lançado em 1995, Chill Out revela um John Lee Hooker adaptado aos novos tempos sem deixar de ser fiel às suas raízes. A saborosa “Chill Out (Things Gonna Change)” é pontuada pela guitarra temperada do discípulo Carlos Santana, enquanto “Annie Mae” e “One Bourbon, One Scotch, One Beer” remetem ao Lee Hooker das antigas. 
 WILLIE DIXON - The Big Three Trio
Antes de tornar-se o principal parceiro de Muddy Waters, o baixista Willie Dixon tentou a sorte com dois de seus melhores amigos, o guitarrista Bernardo Dennis e o cantor e pianista Leonard “Baby Doo” Caston, tocando standarts do blues e composições próprias. Um ótimo registro do talento em formação do grande compositor de “Walking Blues”, “Mannish Boy” e “Hoochie Coochie Man”.
 BUDDY GUY & JUNIOR WELLS - Play The Blues
O casamento perfeito entre a guitarra de Buddy Guy e a gaita de Junior Wells viveu seu apogeu neste álbum. Temperado com a dose certa de soul music, o disco é uma festa do começo ao fim, com destaque para o suingue de “Man of Many Words” e “Messin’ with the Kid”. Uma ótima oportunidade para lembrar o grande Junior Wells, morto em 1998, aos 63 anos.
 JANIS JOPLIN - Live At Winterland’ 68
O mais cultuado CD póstumo de Janis a pintar nas lojas, Live at Winterland’ 68 é o registro de um show inspirado da maior cantora branca de blues da História. Mesmo acompanhada pela fraquinha Big Brother and the Holding Co., Janis brilha em “Summertime”, “Ball and Chain” e “Down on Me”.
 CREAM - Those Were The Days
Caixa com quatro CDs imprescindível para quem quer entender o blues psicodélico. Seja nas gravações em estúdio ou nos registros ao vivo, quando Jack Bruce (baixo), Ginger Baker (bateria) e Eric Clapton resolviam mergulhar no blues, o resultado era de babar.
 B.B. KING - Lucille & Friends
Esta coletânea traduz de forma perfeita o lado “universal” da carreira de B.B. King. O disco traz parcerias com figuras de todo tipo: U2, Stevie Wonder, Vernon Reid (Living Colour), Ringo Starr e os bluesmen John Lee Hooker, Albert Collins e Robert Cray. Chega a soar comercial, mas sem perder um pingo da sinceridade. 
 JOHN MAYALL - Blues Breakers With Eric Clapton
Quando Clapton largou os Yardbirds, que considerava comercial demais, só havia um lugar para ele na efervescente cena do blues londrina: ao lado de John Mayall, pianista, cantor e profundo estudioso do estilo. Juntando a fome com a vontade de comer, os dois gravaram um álbum histórico, uma espécie de embrião do blues vigoroso que Clapton faria com o Cream. 

JOHN LEE HOOKER -The Very Best Of
Caixa com dois CDs reunindo a nata da produção do “Boogie Man”, com músicas gravadas entre 1955 e 1992. Com suas guitarradas em cima de um único acorde e sua voz gutural, Lee Hooker arrasa em “Mambo Chillun”, “Hobo Blues”, “Boom Boom”, “Drug Store Woman” e “Big Legs, Tight Skirt”.

JIMI HENDRIX - Blues
Muito antes de revolucionar o rock’n’roll, James Marshall Hendrix sabia de cor o idioma do blues. Presente em todos os discos de Jimi, o estilo era a principal matéria-prima do seu som, seja na estrutura musical ou nas letras. Blues traz momentos brilhantes do herói da guitarra, como a poderosa versão do clássico “Red House” e a voz-e-violão de “Hear My Train A Comin’”. Jimi sabia como poucos que, na verdade, o blues é um sentimento. 

ZZ TOP - One Foot In The Blues
Coletânea de primeira linha com gravações feitas pela banda do folclórico guitarrista Billy Gibbons ao longo de mais de vinte anos. Detalhe: nenhum desses blues e rhythm’n’bLues haviam sido lançados anteriormente. Um presente e tanto para a legião de fãs do grupo. 

DUANNE ALLMAN - An Anthology
CD duplo com o melhor do guitarrista ao lado da Allman Brothers Band e de amigos como Wilson Pickett, Aretha Franklin, John Hammond, Johnny Jenkins e Eric Clapton, com quem Duanne gravou o fundamental Layla And Other Assorted Love Songs. 

HOWLIN’ WOLF - The London Sessions
No final dos anos 60, várias lendas do blues americano passaram por uma experiência quase religiosa. Figuras como Muddy Waters, Bo Diddley, Chuck Berry e Howlin’ Wolf cruzavam o Atlântico para participar de jam sessions com alguns dos maiores popstars do planeta. Para se ter uma idéia, a banda de apoio desse disco de Howlin’ Wolf era formada pela cozinha dos Stones (Charlie Watts e Bill Wyman), Steve Winwood (do Traffic) e Eric Clapton.. 

JOHNNY WINTER AND - Live
Discaço ao vivo que registra uma das melhores fases do albino mais alucinado da história do blues, que então contava com a ajuda do grande guitarrista Rick Derringer. Versões impecáveis de “It’s My Own Fault” e a nervosa “Mean Town Blues” são os pontos altos da bolacha.

ERIC CLAPTON - From The Cradle
Depois de recolher os milhões faturados com o seu Unplugged, Clapton resolveu pagar um tributo definitivo aos seus heróis. From the Cradle traz 16 clássicos gravados ao vivo no estúdio, ou seja, com todos os músicos tocando juntos numa tacada só, sem overdubs. O repertório é uma covardia para os fãs de blues, com “I’m Tore Down”, “Hoochie Coochie Man” e “Five Long Years”, além das acústicas “How Long Blues”, “Driftin’” e “Motherless Child”. Obrigatório.

ALBERT COLLINS, ROBERT CRAY & JOHNNY COPELAND - Showdown!
Lançado em 85, o álbum repete a fórmula das Super Blues Bands formadas por Muddy Waters, Howlin’ Wolf e outros gigantes nos 60. Apesar de dividir espaço com dois de seus professores, Cray não se intimida e joga pra ganhar. Uma aula de blues e camaradagem de três caras que curtiam muito tocar juntos.

BLUES TRAVELER - Four
Maior êxito do grupo neo-bicho-grilo liderado pelo gorducho John Popper, cantor, gaitista virtuoso e idealizador do H.O.R.D.E., festival itinerante que reúne bandas de pegada semelhante. O som maduro do Blues Traveler aponta para uma tentativa de renovação do estilo, com ingredientes do rock’n’roll aliados a uma gaita de timbre tradicional. Para quem não torce o nariz para experimentalismos. 

JONNY LANG - Lie To Me
Segundo disco do blues-boy-com-pinta-de-cantor-do-Hanson, Lie To Me foi lançado quando Jonny tinha apenas 16 anos. Principal destaque da novíssima geração, o cantor e guitarrista mostra que aprendeu a lição direitinho nas regravações de “Matchbox” e “Good Morning Little School Girl”, esta última gravada pelos Stones e Johnny Winter, entre outros. 

MUDDY WATERS - Folk Singer
Gravado em 1964, Folk Singer marcou a evolução do bluesman do Delta do Mississipi. Assumindo as rédeas como compositor, missão que antes ficava nas mãos do baixista Willie Dixon, Muddy subverte a ordem e inventa um novo rótulo para sua arte: não quer mais ser chamado de cantor de blues, e sim, de folk. Se você estiver à procura de clássicos como “Hoochie Man”, “Got my Mojo Working” e “Manish Boy”, fique com a alguma das várias coletâneas do bluesman.

ERIC CLAPTON - Crossroads
Caixa com quatro CDs que cobre a carreira do maior bluesman branco de todos os tempos do início dos anos 60 até o final dos 80. Um item de necessidade básica para qualquer fã do blues, ingrediente fundamental em qualquer gravação de Clapton. A caixa ainda traz músicas inéditas e raríssimas, praticamente impossíveis de se achar em outro lugar.

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