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domingo, agosto 07, 2011

Superintendente do DNIT é amante de Alfredo Nascimento há 13 anos


Por Édi Prado e Loyola Arruda

Aqui vamos nós. Afinal, promessa é dívida.

Pelo menos para quem tem vergonha na cara.

Antes de começarmos a contar a história, gostaríamos de deixar bem claro que tudo o que vamos relatar é a mais absoluta verdade.

Somos pessoas tementes a Deus e sabemos que Ele pune a mentira com severidade.

Sua justiça é como a morte: pode até tardar, mas não falha.

Foram seis dias de investigação. Eis o que descobrimos:

Assim que tomou posse como prefeito de Manaus, em 1997, Alfredo Nascimento conheceu, através de um amigo, a engenheira paraense Maria Auxiliadora Dias Carvalho (foto), casada com o empresário Marcílio Carvalho.

Ela e o marido estavam morando na cidade havia pouco tempo.

Nesse dia, Auxiliadora estava sozinha e usava um vestido que lhe realçavam as curvas do corpo.

Tinha 31 anos, mas aparentava bem menos, traços delicados, pele bonita, voz suave.

E dedos da mão finos e longos.

Do jeito que Alfredo gostava.

Era a mulher ideal..., pensou.

Ousado, ele a convidou para jantar. Ela topou.

Alfredo então correu a uma luxuosa joalheria e comprou um lindo colar de brilhantes, o mais caro da loja.

Ao encontrá-la à noite, deu-lhe de presente.

Uma semana depois, já eram amantes.

Na semana seguinte, apaixonado, ele a fez presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb).

Assim, não precisaria bancá-la.

Os contribuintes fariam isso por ele.

Inocente, o marido de Auxiliadora se desdobrava em elogios a Alfredo.

Afirmava que poucos homens públicos eram tão honestos e sinceros quanto ele.

Alfredo retribuía, dando-lhe tapinhas nas costas enquanto dizia, com ar escarninho: “Grande Marcílio!”.

Logo Auxiliadora se tornaria uma espécie de “primeiro-ministro”do Governo municipal.

Diariamente, Alfredo a convocava para “despachar” com ele em seu gabinete, onde ficavam a sós, fazendo sexo, no mínimo por duas horas.

Não raro, o chefe de gabinete e outros assessores ouviam sons típicos de uma relação sexual.

Alfredo era o mais “escandaloso”.

Descobriu-se depois o motivo do “escândalo”.

Auxiliadora contou a amigas, todas esposas de políticos, que Alfredo pedia, quando estavam copulando, que ela lhe introduzisse no ânus a ponta do dedo médio, e fingisse que era o homem da relação, pois só assim conseguia atingir o orgasmo.

Isso explica a sua obsessão por dedos femininos longos, característica presente em Auxiliadora.

Alfredo também possui outras fantasias eróticas nada ortodoxas, por assim dizer.

Vamos relatar somente mais uma (as demais, em respeito aos leitores, optamos por excluí-las).

Passemos à narrativa.

Segundo Auxiliadora, antes do coito, Alfredo costumava se excitar fazendo de conta que era um cavalo: ficava “de quatro”, relinchava e dava várias voltas a um e outro lado, enquanto implorava, submisso, que ela lhe chamasse de “cavalinho aloprado”.

Até hoje isso é motivo de mofa entre políticos e amigos de Alfredo.

“Lá vem o cavalinho aloprado”, costumam dizer ao vê-lo se aproximando.

Dois meses depois de Auxiliadora ter se tornado sua amante, Alfredo a convidou, juntamente com o marido, para um almoço em sua casa.

Queria que os dois conhecessem sua esposa, Francisca Leonia de Morais Pereira, o filho Gustavo e a filha Juliana.

Pelo menos foi isso que ele disse a Marcílio.

O motivo, porém, era outro: pôr fim à desconfiança do marido traído.

Marcílio havia comentado com amigos que estava começando a ter suspeitas sobre a atenção especial que Alfredo dispensava a Auxiliadora.

Ao saber disso, Alfredo teve a ideia do almoço.

Não tardou para que traídos e traidores almoçassem juntos, como uma grande família.

Durante o almoço, nenhum olhar suspeito, nenhum gesto que pudesse denunciar nada.

Tanto que Auxiliadora e Dona Francisca Leonia se tornaram amigas nesse dia.

Alfredo ficou exultante.

O sucesso de seu sórdido plano havia superado suas expectativas.

Marcílio também ficou feliz.

Não parava de realçar as qualidades da esposa, dizendo, entre outras coisas, que mulher mais fiel do que ela jamais haveria de encontrar.

Auxiliadora lhe retribuía os elogios, com beijos e afagos.


Três semanas após o almoço, os dois casais embarcaram para Paris.

Lá, hospedaram-se no “Hotel Fouquet`s Barriere”, um dos mais luxuosos da capital francesa, senão o mais luxuoso.

Alfredo queria impressionar Auxiliadora.

Mostrar-lhe que era um homem muito rico.

No dia seguinte, querendo ficar sozinho com Auxiliadora, Alfredo inventou que ambos tinham um encontro com um banqueiro francês.

Dona Francisca Leonia e Marcílio não puseram empecilho.

Alfredo e Auxiliadora não perderam tempo.

Correram a um motel e lá permaneceram durante cinco horas.

No outro dia, os quatro, como se fossem uma família, foram fazer um “tour” pela cidade.

Uma semana depois, retornaram para Manaus.

Livres da desconfiança de Marcílio, Alfredo e Auxiliadora viajavam todo fim de semana para fora do Estado, sob o pretexto de que iam tratar de interesses da cidade.

Na verdade, iam namorar.

A época em que os dois mais viajaram foi quando Alfredo pretendia implantar o Expresso em Manaus.

Até para a Inglaterra foram.

Quem pagava a conta?

Nós, os lesos, tão traídos quanto Dona Francisca Leonia e Marcílio Carvalho.

Marcílio levou quase um ano para descobrir que sua mulher era amante de Alfredo.

E mesmo assim, porque ela ficara grávida.

Estéril, o filho não podia ser dele.

Auxiliadora não suportou a pressão e abriu o jogo.

Marcílio então a esbofeteou, pegou uma arma que guardava no escritório e saiu, transtornado, à procura de Alfredo.

“Vou matar aquele pilantra…”, teria prometido antes de sair.

Imediatamente, Auxiliadora ligou para Alfredo e o pôs a par do que estava ocorrendo.

Alfredo tratou então de desaparecer, não sem antes incumbir gente de sua confiança de pôr juízo na cabeça de Marcílio.

Três dias depois, Alfredo reaparece.

Mais calmo, Marcílio aceita conversar com ele, sem violência.

Alfredo lhe pede desculpas e diz que gostaria de fazer alguma coisa por ele.

Sem delongas, propõe-lhe sociedade em uma empresa, com a qual os dois ganhariam muito dinheiro prestando serviços à Prefeitura de Manaus.

Surge então a “Socorro Carvalho Cia.”, vencedora, nos seis anos seguintes, de quase todas as licitações da Prefeitura.

“Amarrado” por Alfredo, Marcílio resolve aceitar o “chifre”.

A única coisa que não aceitou foi o filho.

Disse a Alfredo que isso era problema dele e de Auxiliadora.

Dias depois, Alfredo, que é avô de um casal de netos, levou Auxiliadora, grávida de quatro meses, para se submeter a aborto na clínica Santa Etelvina, do Dr. Durval, preso em 2008 pela Polícia Federal, durante a “Operação Vorax”.


Assim que assumiu o Ministério dos Transportes, no início de 2004, Alfredo nomeou Auxiliadora superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nos Estados do Amazonas e Roraima, cargo que ela ocupa até hoje.

Durante os quase 7 anos em que ficou à frente do ministério, foram poucos os fins de semana em que Auxiliadora não foi a Brasília “despachar” com ele.

Tudo, claro, pago com o nosso dinheiro.

“Generoso”, Alfredo também não desamparou o marido da amante.

Até porque os dois eram (e ainda são) duplamente sócios: nos negócios e na mulher.

Segundo a revista IstoÉ, a “Socorro Carvalho Cia.” embolsou somente em 2004 R$ 12 milhões do Fundo da Marinha Mercante (FMM), ligado ao gabinete do ministro.

De lá até hoje, estima-se que a empresa já tenha engordado sua conta bancária em mais de R$ 200 milhões provenientes do Fundo.

Não é à toa que Marcílio aceita dividir a mulher com Alfredo.

Viciado em sexo, Alfredo não se contenta só com uma mulher. Nem com duas.

Tanto que ele tem outras duas amantes, uma das quais casada com um assessor seu.

E ainda costuma sair com prostitutas de luxo.

Não aqui em Manaus, mas em Brasília e na Europa.

“Ele é um tarado”, diz um deputado estadual que já privou de sua amizade.

Com 58 anos de idade, Alfredo prefere mulher bem mais jovem que ele.

De preferência, casada com alguém próximo.

Um assessor, um amigo, um conhecido.

Dizem que é uma espécie de fetiche dele.

(fonte: Blog do Zacarias)



NOTA DO EDITOR DO MOCÓ:

Essa matéria foi publicada em setembro de 2010.

Marias da Graças pegou o beco no mês passado, durante a faxina no Ministério dos Transportes.

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