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sábado, junho 15, 2013

Abilio Farias morre por complicações cardíacas aos 66 anos


Abílio Farias e Anibal Beça já devem estar fazendo uma jam session no Céu

Marcos Dantas, do G1 AM

O cantor Abilio Farias morreu vítima de complicações cardíacas na noite desta sexta-feira (14), no Prontocord – Hospital do Coração, localizado na Avenida Álvaro Maia, Zona Centro-Sul de Manaus. O cantor, que tinha 66 anos, era natural de Itacoatiara, a 175 quilômetros de Manaus, e ficou conhecido no Amazonas com a música “Ciganinha Feiticeira”.

De acordo com Joelma Farias, de 40 anos – filha do cantor – Abilio morreu por volta das 19h30. “Ele teve um infarto na segunda [10] e foi levado para o Hospital Beneficente Portuguesa, no Centro. Lá, eles fizeram um cateterismo e os médicos constataram que as artérias estavam entupidas”, relatou.

Após a constatação de que as veias do cantor estavam entupidas, ele foi transferido para o Prontocord para que fosse implantada uma ponte de safena. Depois da cirurgia, que aconteceu na terça-feira (11), ele se recuperava no hospital, mas acabou tendo falência dos rins nesta sexta.

Segundo Joelma, em 2010, o pai já havia se submetido ao primeiro cateterismo. Na ocasião, ele recebeu um equipamento utilizado para alargar as artérias.

O velório e o enterro do cantor aconteceram neste sábado (15). O corpo foi velado na Funerária São Francisco, localizada ao lado do Terminal de Ônibus da Cachoeirinha (T2). O enterro aconteceu no Cemitério São João Batista.

Durante o velório, foi cantada a música “Luzes da Ribalta”, de Charles Chaplin.

Segundos os familiares, a canção foi escolhida por Abilio para ser interpretada pelo amigo coronel Martins no dia de seu velório.

“Eles firmaram um acordo: quem morresse primeiro receberia a homenagem do outro”, disse Joelma.

O secretário de Segurança Pública (SSP), coronel Paulo Roberto Vital, que era amigo de Abilio, disse que esteve pela última vez com o cantor no dia do infarto.

“Ele esteve lá na secretraria [SSP] me visitando, porque éramos muito próximos. Somos conterrâneos e eu o conhecia há 60 anos”, contou.

Entre as lembranças que Joelma guarda do pai está um disco com o Hino do Clube do coração de Abílio, o Nacional-AM, e uma frase célebre.

“Quando eu era criança, meu pai me deu um vinil azul com o hino e eu ouvi o dia inteiro, mas o mais marcante é uma frase que ele sempre dizia: Escorregar não é cair!”, relembrou.


Abilio Farias com a nossa turma durante uma noitada no Bar do Armando

O cantor José Abilio de Moura Farias tinha mais de 50 anos de carreira.

Nos anos 1970, chegou a ser o “cantor mascarado” do Programa do Chacrinha.

Aficionado por esportes, torcia para o Flamengo do Rio de Janeiro e para o Nacional do Amazonas.

Segundo a filha Joelma, Abilio foi dependente químico por 30 anos, mas há cinco, havia abandonado o vício por “força de vontade”.

Ele fazia aniversário no dia 23 de fevereiro, mesma data do ex-senador e ex-governador do Amazonas, Gilberto Mestrinho, do qual era amigo.

De acordo com Joelma, no dia do aniversário, eles ligavam para parabenizar um ao outro.

O cantor era viúvo e deixou quatro filhos, todos criados no ambiente musical.

O último show dele aconteceu em Humaitá, a 675 quilômetros de Manaus.

O último álbum do cantor foi um especial com músicas de Waldick Soriano.


Ele também se preparava para uma turnê pelo Nordeste do país no segundo semestre deste ano.

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