Pesquisar este blog

quarta-feira, novembro 13, 2013

O despejo do secretário de Haddad adverte: quem esconde fantasmas em casa não deve procurá-los no porão do vizinho


Augusto Nunes

Os desdobramentos das investigações sobre a máfia do ISS confirmam que, sempre que coloca testas inimigas na alça de mira, o PT acaba acertando o próprio pé. Desta vez, coube a Fernando Haddad o papel de atirador trapalhão. 

Decidido a compensar com gestos espetaculosos os estragos político-eleitorais causados pela superlativa elevação do IPTU, o prefeito enfiou-se na fantasia de faxineiro do Planalto de Piratininga e desencadeou a guerra de extermínio contra a multidão de larápios que herdou de Gilberto Kassab. 

Nesta terça-feira, atropelado por gravações constrangedoras e nomeações muito mal explicadas, o secretário de Governo Antonio Donato teve de deixar o cargo.

É a baixa mais vistosa desde o início dos barulhos. E é só a primeira, previnem as suspeitas que rondam o secretário Jilmar Tatto e outras velharias que cercam aquele que seria, segundo marqueteiros sempre inventivos, um novo homem para um novo tempo. 

Quem esconde fantasmas no sótão da própria casa não deve procurá-los no porão do vizinho, advertiu o post aqui publicado em maio de 2012 e agora reproduzido na seção Vale Reprise. O texto se inspirou na CPI do Cachoeira, planejada em abril daquele ano por Lula e José Dirceu.

Na cabeça da dupla, a operação que mobilizou a base alugada fulminaria com uma bala de prata dois alvos goianos ─ o senador Demóstenes Torres, do DEM, e o governador tucano Marconi Perillo. 

Deu tudo errado. O projétil ricocheteou no companheiro Agnelo Queiroz, governador de Brasília, provocou ferimentos de bom tamanho no parceiro fluminense Sérgio Cabral e seguiria fazendo vítimas entre os aliados se a CPI não fosse sepultada às pressas pelos pais da ideia de jerico.

Tem sido assim desde janeiro de 2002, quando Altos Companheiros apareceram no velório de Celso Daniel para animá-lo com o jogral das viúvas inconsoláveis. 

Meses antes, começou o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, panfletos apócrifos distribuídos em São Paulo avisaram que uma organização de extrema direita decidira liquidar fisicamente políticos petistas, mas o governo FHC ignorou os sinais de perigo. 

Em novembro de 2001, continuou o deputado Aloizio Mercadante, o prefeito Toninho do PT fora morto a tiros numa avenida de Campinas.

O assassinato do prefeito Celso Daniel, concluiu o deputado José Dirceu, confirmou que os extremistas não estavam brincando. 

Agora era tarde, lastimou em coro a trinca inconformada com a insensibilidade dos tucanos no poder. 

Já na largada das apurações policiais ficou claro que a misteriosa organização era tão real quanto a transposição das águas do Rio São Francisco. 

Em seguida, uma enxurrada de evidências comprovou que Celso Daniel fora silenciado por integrantes de um esquema corrupto montado, com o incentivo e a proteção do próprio prefeito, para extorquir empresários do setor de transportes.

Ao descobrir que alguns sócios na roubalheira estavam embolsando o dinheiro que deveria desaguar exclusivamente nos cofres do PT, Celso Daniel comunicou que denunciaria o desvio do desvio. 

Antes que cumprisse a ameaça, foi eliminado a mando de ex-parceiros que orbitavam em torno da estrela vermelha. 

Faz quase 12 anos que a força-tarefa coordenada por Gilberto Carvalho tenta transformar em homicídio comum um crime político. Não conseguiu. 

Nem vai conseguir, alerta a ofensiva do Ministério Público que já conseguiu a condenação de vários acusados e agora fecha o cerco em torno de Sérgio Gomes da Silva, o Sombra.

A instauração da CPI do Cachoeira provou que a companheirada não aprendera com o assassinato de Celso Daniel.

O despejo do principal secretário de Haddad acaba de provar que a lição da CPI do Cachoeira não foi assimilada. Reincidentes de nascença não têm cura.

Aplicativos cervejeiros que vão para a mesa do bar


Nadya Romanowski

Mesmo com todas as campanhas para deixar o celular de lado na mesa de bar, existem alguns aplicativos cervejeiros bem divertidos para quem curte cervejas especiais.

Há alguns anos que o mundo cervejeiro ganhou essa ferramenta para registrar suas degustações, provar novos rótulos e descobrir mais sobre a breja gelada no copo. Mas, apenas alguns fizeram sucesso e mostraram alguma utilidade.

O preferido e mais usado da galera é o Untappd, apelidado carinhosamente por mim de Foursquare de bêbado.

É preciso fazer um login para começar a navegar e você pode conectá-lo ao facebook e twitter. O princípio é o mesmo do aplicativo de localização, é só buscar a cerveja e dar o check-in.

Nessa parte é possível adicionar o local onde está bebendo, foto, nota de 1 a 5 e comentário sobre o que achou.

Na última atualização ele disponibilizou edição das fotos, com corte e efeitos.

Possui o esquema de badges, você ganha “medalhas” de acordo com o número de check-ins e lugares. Sua utilidade real: ele localiza a cerveja, o bar e fábrica de cerveja mais próximos, além de mostrar as cervejas mais consumidas pelos usuários.


A Eisenbahn possui um aplicativo que é mais informativo do que interativo.

Não tem necessidade de login e é voltado para informações sobre estilos de cervejas, copos certos para bebê-las, degustação e harmonização.

Na tela inicial, em degustação, abre um vídeo explicativo sobre como avaliar melhor sua cerveja.

O que eu mais gosto é a tela de harmonização, dividida em dois caminhos: por pratos ou por cerveja.

Por exemplo: vai até o menu de massas, escolhe massas ao molho pesto e ele sugere harmonizar com cervejas nos estilos Tripel e Belgian Strong Golden Ale.

Na aba de localização abre um mapa com a ajuda do GPS e mostra o local mais próximo para beber uma Eisenbahn. De todos, é o que tem a melhor interface.


Já o RateBeer é para aqueles que curtem saber como a cerveja está sendo avaliada mundialmente.

Foi criado a partir do site homônimo, que funciona como um fórum para as pessoas avaliarem cervejas.

Não precisa fazer cadastro se for utilizar apenas para consulta.

A parte de estilos é totalmente detalhada, e ao entrar em algum, além da descrição ele já traz a cerveja melhor pontuada dentro do estilo.

É possível ver por ranking e por país. No Brasil quem está em primeiro é a Pergosa Imperial IPA da Bodebrown.

Também localiza os bares mais próximos, e é todo em inglês.


Mês passado a Guinness lançou na Irlanda um aplicativo da marca que já deixou vontade aqui no Brasil.

Não foge muito da proposta dos já citados, ele encontra a Guinness mais próxima, mas ele também lhe dá pints de graça. Isso mesmo, free beer!

Conversei com meu amigo em Dublin, Fred Monteiro, e ele me disse que já no cadastro você ganha um copo.

Depois é só ir dando check-in e acumulando pontos, que poderão ser trocados também por ingressos para eventos patrocinados pela própria.

Os pubs também podem divulgar suas promoções no aplicativo, o que o torna uma excelente ferramenta de relacionamento.


Cientistas fazem cruzamento entre Fábio Porchat e João Gilberto


Um dos principais problemas brasileiros contemporâneos de quem assiste tevê, ou mesmo passa perto de uma na vitrine de uma loja, é a exposição constante a Fábio Porchat.

Segundo engenheiros de telecomunicações, a presença quase ininterrupta de Porchat em comerciais e programas tem gerado um acúmulo de íons qwarkianos nas ondas televisivas.

Em grandes quantidades, tais partículas podem provocar nos seres humanos convulsões e um efeito de déjà vu facial, que faz com que o indivíduo afetado veja o rosto de Porchat não apenas em cada pessoa que encontra, mas também em diversos lugares, do interior de sacos de carvão para churrasco à superfície de camisinhas femininas.

A fim de evitar que esse mal se agrave, uma equipe de cientistas resolveu inovar: eles inocularam no comediante-propaganda nada menos do que células do músico-deus João Gilberto.

As células, que são parte de uma cultura in vitro que os pesquisadores guardavam desde a última vez em que João deu o sangue pela música, quando cortou o dedo nas cordas de um violão em um show em 1961 e abandonou os palcos por dois anos e meio, foram aplicadas em segredo, enquanto Porchat gravava uma propaganda de seringas decartáveis.

Desde então, ele passou a fazer apenas oito comerciais por semana, e, em cinco deles, reclamou da temperatura do ar condicionado do estúdio e do barulho produzido pelos pentes usados pelos cabeleireiros nos camarins, o que deve fazer com que não seja mais contratado por essas empresas.

Além disso, agora seu tom de voz durante as gravações é praticamente inaudível, tornando difícil saber que produto ele está anunciando.

Porchat também criticou a qualidade musical das atrações do “Esquenta”, e propôs-se a tocar violão no programa durante 5 minutos por 3 milhões de reais, o que, aparentemente, não foi aceito pelos diretores musicais da atração, os Leleks.

A APENFAPOR – Associação de Publicitários com Ênfase em Fábio Porchat (ex-APEXANEY - Associação de Publicitários com Exagero em Neymar) tenta sanar o problema, utilizando vídeos caseiros de almoços familiares e imagens das câmeras de segurança do prédio onde mora o comediante para suprir sua ausência nos comerciais.

Já os cientistas garantem que, na fase seguinte do experimento, dentro de alguns dias, Porchat deverá se tornar um eremita que passará os dias fazendo palavras cruzadas Coquetel Letrão e observando a vida sexual de suas samambaias, e descerá de seu apartamento apenas para ir à locadora alugar clássicos de Federico Fellini em VHS.

Tentamos contatá-lo através do novo serviço de bate-papo, o PorCHAT, mas não obtivemos resposta. Continuaremos atentos!

O boquete: sexo, ficada ou nenhuma das acima?


Alex Castro

Dentre as muitas e vastas diferenças culturais entre o Brasil e os Estados Unidos, uma sempre me chama atenção: o boquete.

Existe uma diferença enorme, constitutiva, fundamental entre o modo como as norte-americanas e brasileiras definem, entendem, praticam, usam o boquete.

O que é o boquete?


Para as norte-americanas, o boquete é o gran finale ideal de qualquer boa ficada. A progressão normal da ficada é o boquete.

Pagam boquete com enorme facilidade, adoram, lambem os beiços – e depois batem no peito pra se dizer virgens, que estão se guardando pro homem dos seus sonhos.

Para as brasileiras, o boquete é sexo.

É algo que só se faz com o homem com quem já se está transando, depois de estarem mais íntimos e confortáveis com seus corpos.

Podem até transar com alguém que mal conhecem (lavou, tá novo), mas não colocariam na boca um pau cuja procedência desconhecessem.

E acham graça das gringas que, depois de chupar metade dos paus da cidade, ainda tinham a cara-de-pau de se dizer virgens!

Para que serve o boquete?


Para as norte-americanas, a função social do boquete é justamente poder transar e experimentar, exercitar o sexo e conhecer o corpo, de maneira mais leve, sem precisar dialogar com o tabu da virgindade, sem precisar confrontar valores arraigados, mantendo intacta (tanto na cabeça delas quanto para seus futuros parceiros) a aura mágica da virgindade preservada.

Para as brasileiras, a função social do boquete é justamente sedimentar e confirmar uma relação de confiança e intimidade que já tinham com seu parceiro sexual fixo – tornando-se assim um rito de passagem importante dentro dos relacionamentos.

Boquete é sexo?



Poucos anos depois de eu me formar da escola, em 1999, Bill Clinton afirmou categoricamente, em juízo, sob juramento, não ter tido relações sexuais com Monica Lewinsky.

Quando se soube, mais tarde, que ela havia de fato chupado o primeiro pau, a questão tornou-se uma das mais importantes da história da república:

Afinal, se boquete é sexo, o presidente mentiu e deveria sofrer impeachment.

Mas… boquete é sexo? Boquete não é sexo?

Nos EUA, eu diria que não – e, hoje em dia, menos ainda.

Segundo essa pesquisa, chamada Did Bill Clinton have anything to do with our definition of sex?, por causa da influência da lendária cara-de-pau de Clinton, o número de pessoas definindo “sexo oral” como sexo caiu pra mais da metade.

A verdade verdadeira é que tentar definir sexo é uma grande besteira.

Se chupei sua buceta, beijei seus pés e lambi seus mamilos, mas não penetrei, é sexo?

Se lambi entre seus dedos dos pés enquanto ela se masturbava, mas nunca nos beijamos, é uma ficada?

Se houve penetração, mas foi dela em mim, seja com um consolo ou fazendo fio-terra, é sexo?

Um boquete, pura e simples, é uma ficada, uma transada, ou nenhuma das opções acima?

Passei a noite inteira dedando a moça por debaixo da mesa: uma ficada, ou nem isso?

Os dois se masturbarem juntos é sexo?

Um masturbar o outro, com dedo, língua ou consolo, é sexo?

Não vale a pena. Definir é castrar.

Artista russo prega os zovos no chão em protesto contra Putin


Pyotr Pavlensky chamou sua manifestação de “Fixação”. Ele ficou mais de uma hora na mesma posição, em plena Praça Vermelha

Daiana Geremias

Cidadãos de todo o mundo parecem ter aprendido: na falta de outros meios de comunicação com seus governantes, chamar a atenção nas ruas pode dar resultados.

O artista russo Pyotr Pavlensky demonstra sua aversão ao presidente Vladimir Putin de maneiras nada comuns: no ano passado, por exemplo, Pavlensky costurou a própria boca – foto acima – para mostrar solidariedade à banda Pussy Riot, que foi desfavorável ao presidente em uma apresentação.

Neste domingo, 10, Pavlensky ficou preso à Praça Vermelha, literalmente, por mais de uma hora.

Tudo porque o artista resolveu pregar seus testículos com a ajuda de um martelo ao chão da praça.


Ele permaneceu olhando seu órgão sexual pregado ao chão, completamente sem roupa, em meio a um dos maiores cartões postais da Rússia.

O motivo do protesto? Mais uma vez Pavlensky quis se manifestar contra medidas governamentais tomadas por Putin.

A manifestação artística, chamada por ele de “Fixação”, foi definida pelo próprio Pavlensky como uma “metáfora da apatia, indiferença política e fatalismo da sociedade russa atual”.

Depois de ficar na mesma posição por mais de uma hora, o artista foi levado a um hospital.

O policial que cuidou do caso definiu a ação do artista como “algo normal para um doente psíquico”.

Depois que receber tratamento, Pavlensky vai ser detido.

Domingo também foi celebrado o Dia da Polícia Russa.

sábado, novembro 09, 2013

O progresso que engana


Casa abandonada na Rua Saldanha Marinho

Milton Hatoum

Há poucos dias visitei uma casa na rua Saldanha Marinho, no centro de Manaus, que é também o centro da minha infância e, portanto, da minha memória.

Vi a mesma biblioteca com livros brasileiros, portugueses e franceses, a escrivaninha de cedro, os lustres antigos, os vitrais coloridos em forma de ogiva. Atravessei o longo corredor lateral que dá acesso aos quartos e à cozinha e termina num pátio cheio de vasos com avencas e tajás. No fim desse corredor, sentada numa austríaca, vi dona Maria Luiza Freitas Pinto, a professora que me alfabetizou.


Aos 97 anos, com uma lucidez invejável, ela relembrou cenas de um passado remoto. Disse que eu sentava num banquinho feito por índios da Colômbia e conversava com Anna Telles, mãe de dona Maria Luiza.

“Tu também gostavas de ver meu pai limpar discos com o rabo de um macaco barrigudo.”

Olhou para mim, viajando no tempo, e prosseguiu, orgulhosa:

“O grupo escolar Barão do Rio Branco ainda está de pé”.

De fato, o edifício antigo resistiu à barbárie que usurpou a memória urbana de Manaus. Comparado com a atual arquitetura da cidade, o estilo neoclássico do grupo escolar esbanja refinamento. Parece que os arquitetos se esqueceram do clima do equador. Mais fácil é projetar caixotes vedados, banindo varandas e janelões.

Disse à professora que o jambeiro ainda sombreia o pátio do grupo escolar, que, hoje, é uma escola estadual; nos meses de inverno, o chão ficará coberto de flores vermelhas, os leões de pedra da entrada vão perder sua cor de açafrão, os pilares serão manchados de limo.

“Naquela época”, ela disse, folheando o livro de crônicas que lhe ofereci, “havia respeito mútuo… E uma boa biblioteca em cada escola”.

Ela mencionou o prestígio do corpo docente, os exercícios em sala de aula – ditados, leituras, tabuadas e redações –, o mapa colorido do Brasil, com seus Estados e capitais, que os alunos deviam nomear.

Mas ao lado desse mapa pendurado na parede, havia uma palmatória, eu disse.

“Sim”, ela concordou. “Quando eu olhava para a palmatória, os alunos mais endiabrados se acalmavam. E tu não eras um santo. Naquele tempo, a disciplina… Mas havia educação doméstica, a disciplina começava em casa. Tudo isso acabou. E já não há mais amor na aprendizagem.”

Recordei alguns amigos do Barão do Rio Branco: os mais pobres moravam em palafitas na beira dos Igarapés de Manaus e dos Educandos; arregalavam os olhos quando viam a merenda dos que moravam em terra firme: banana frita, tapioquinha, queijo-coalho, suco de graviola, guaraná Tuchaua. Eu invejava a caligrafia caprichosa de Paulo Tarso, e imaginava que ele tinha uma maquininha na mão direita.

“A caligrafia era um exercício necessário”, disse a professora. “Hoje em dia, poucos jovens usam um lápis ou uma caneta… O mais importante é saber ler e escrever. Saber pensar…”

Foi uma visita breve: não queria interromper a sesta da professora. Antes de sair da casa verde, prometi a dona Maria Luiza que voltaria a Manaus sem muita demora.

“Guardaste a redação?”

Claro, eu disse.

A professora referia-se à primeira redação que escrevi no Barão do Rio Branco. Ela me entregara a folha amarelada em 1989, quando lancei em Manaus meu primeiro romance. O texto descreve uma viagem ao Careiro e é ilustrado por um desenho de uma fazendola.

Numa viagem recente a uma comunidade rural do Amazonas, visitei uma escola pública, cujo estado era lamentável. Parecia um chiqueiro.

Pensei nas crianças humildes dessas comunidades ribeirinhas, crianças e jovens sem qualquer futuro, ou proibidas de sonhar com o futuro.

Mais de 10% da população do Amazonas é analfabeta. 

Enquanto me distanciava da casa da professora, pensava nas armadilhas do “progresso”, nas contradições entre a economia dinâmica da zona franca de Manaus e as desastrosas e ineficientes políticas públicas.

Pensava nesse impasse, andando na rua sem sombra, porque na cidade equatorial, tão briosa de seu crescimento exuberante, não há calçadas nem árvores.

quinta-feira, novembro 07, 2013

Instant karma


Aitel Benzberg

Duas impressões sobem em paralelo ao escutar esses descendentes de colombianos. Numa mão temos um trio familiar (na acepção do termo: Jim, Gian e Chris Ortiz são irmãos) reprocessando blues o mais longe possível da origem e vitaminando qualquer detalhe que o faça parecer sujo e transmissor de tétano ao menor contato – e na outra temos algo que vale a dica por si mesma: muito provavelmente são os caras mais desleixados que se prestaram a fazer algo no gênero.

São de Houston, Texas. Começaram no ramo sob o nome de Blues Condition, arranhando alguma coisa de Lightnin’ Hopkins e passando rapidamente para algo mais psicodélico – estacionando logo na sequência naquilo que fazem até hoje: blues rasgado, elétrico e descontroladamente alto.

Gravaram seu primeiro registro em 2003 na forma de um auto-financiado EP de 5 faixas com uma tiragem miserável (200 cópias), investimento que se mostrou acertado em análise posterior: foi graças ao boca a boca gerado pelo disquinho que continuam num ritmo pesado de turnê até hoje.


E a estrada é o ambiente natural dos caras, seja pra promover algum lançamento ou para simplesmente viver a vida.

Jim (guitarra, voz) costuma recordar: “crescer em Houston não foi nada divertido. Nossos pais eram controladores e cheios de restrições. O segredo foi esperar ficar mais velho e escapar daquilo”.

E seu pai devia ser mesmo um insuportável: depois de ter assistido um programa sobre ‘músicas satânicas’ resolveu confiscar tudo que Jim havia conseguido do Black Sabbath até então – e monitorar o que a rapaziada ouvia no rádio. Tempos difíceis.

Óbvio que isso só serviu pra injetar ainda mais rock nos irmãos.

Começaram a ensaiar escondidos quando os pais não estavam, trocaram figurinhas com outros ‘sem-futuro’ como eles e conheceram ZZ Top, Van Halen, Stevie Ray Vaughn, Led Zeppelin, Stones… o exército completo da danação.

Isso – mais o caminhão de blues que ouviam diariamente – foi determinante até na escolha das ferramentas (quase todo o catálogo da Fender), entre elas Blackface 68, Bandmaster 67, Bassman 70 – todas espetadas numa constelação de speakers 2×15 Fender 66. Sujeiragem velha da melhor qualidade.

Por fim, Amplified Heat serve muito bem ao propósito de quem não passa um dia sequer sem escutar velharia tipo Cream, Blue Cheer, Canned Heat… – gente assim, por assim dizer, da minha laia.

Música mais triste do mundo é responsável por mais de 100 suicídios


Você com certeza conhece alguma música que te traz uma melancolia sem tamanho, daquelas que só a introdução já dá vontade de cortar os pulsos.

Algumas músicas são realmente inspiradoras para mergulhar na depressão, mas a música “Gloomy Sunday” ou “Domingo Sombrio” do compositor húngaro Rezso Seress parece ser a campeã nesse quesito.

Conhecida como a “música húngara suicida”, a canção ao longo de décadas foi considerada a causa de mais de 100 suicídios em várias partes do mundo, inclusive o do próprio Rezso Seress, que se jogou do alto do prédio onde morava em 1968.

Rumores revelam que Seress compôs a música após um fora que tomou de sua então namorada, em 1933. Deprimido, escreveu a música como forma de desabafo.

Tantos foram os suicídios relacionados com “Gloomy Sunday”, que a Hungria proibiu sua reprodução, o que surtiu efeito contrário, só aumentando a procura pela música.

A canção se tornou ainda mais conhecida após ser regravada em 1941, por Billie Holliday.

Para completar a história trágica do compositor, após se tornar mundialmente famoso por conta da música suicida, ele procurou se reconciliar com a tal namorada que lhe deu o fora e inspirou a canção, no que descobriu que a moça havia se matado, por envenenamento e ao lado de seu corpo, se encontrava uma folha com a letra de “Gloomy Sunday”.

Antes de se matar, Seress declarou sobre sua música: “Essa fama fatal me machuca. Eu chorei todas as tristezas de meu coração nessa música e parece que outras pessoas, com sentimentos como os meus, encontraram sua própria dor”.

No YouTube tem uma versão da Billie Holliday, com a letra traduzida (clique aqui).

Ouça com atenção e depois decida se vai cortar os pulsos, beber formicida com guaraná, se enforcar, se jogar na frente de um ônibus em alta velocidade ou assistir a um show de dupla sertanojo em um desses clubes de merda na Estrada do Turismo.

Viva o Saci, mascote do povo na Copa do Mundo de 2014!


Mouzar Benedito (*)

Parece óbvia a pergunta, a Fifa, todos sabemos, já escolheu o tatu-bola que, coitado, recebeu um nome pra lá de infeliz, Fuleco. Ele está escolhido e pronto, não é? Não, não é. O Fuleco é mascote da Fifa.

Não vi até hoje o coitado ser tratado como mascote pelo povo. E o povo tem razão: não fomos nós que o escolhemos.

Seus aparecimentos nos gramados são burocráticos e sem graça, sem aplausos, sem ganhar a simpatia de ninguém.

O Fuleco é mascote dos bastidores, da manipulação de grana, dos burocratas.

Saci, o mascote do povo

Tenho ouvido muita gente declarando apoio ao Saci para ser mascote. Mas mascote do povo, não da Fifa.

Deixemos que o Fuleco compareça aos estádios junto com estrangeiros e com brasileiros que têm grana pra ir lá.

Nos bares, em casa, nas reuniões de amigos para assistir aos jogos, o Saci há de ser o escolhido e comemorado.

Nós o havíamos indicado, com um monte de justificativas. Relembro algumas:

Ele é de origem indígena, tornou-se negro e “ganhou” o gorrinho mágico presente em muitos mitos europeus, então é uma espécie de síntese da formação do povo brasileiro, que é uma mistura desses três grandes povos, além dos orientais que vieram pra cá quando a figura do Saci já estava pronta.

Ele é negro, como a maioria dos nossos jogadores de futebol, e essa negritude, num país que não superou o racismo, é importante como símbolo de uma luta por igualdade.

É também perneta, o que representa outra bandeira de luta nestes tempos que se fala tanto de inclusão. Além disso é e pobre, não tem nem roupa, e mora no mato.

Com três motivos para ser “infeliz”, ele é gozador, brincalhão, aprontador, divertido. Enfim, um brasileiro autêntico, dos bons.
Ele é um ser libertário. Uma das lendas sobre a perda de uma das pernas do Saci é que quando se tornou negro ele foi escravizado por um fazendeiro e era mantido à noite, na senzala, preso a um tronco por uma perna, com grilhões.

Uma noite, ele cortou a perna presa e fugiu: preferia ser um perneta livre do que um escravo de duas pernas.

Hoje em dia fala-se tanto em ecologia, proteção e recuperação do meio ambiente... E aí está o Saci de novo, como protetor da floresta.

Ele é popular, conhecido de todos os brasileiros, e existem desenhos dele feitos por um montão de gente, e até as crianças o desenham e se divertem com ele.

Aí está um motivo para ele não ser o escolhido da Fifa: não dá lucro aos mercenários do esporte. Inventaram uma mascote (nada contra o tatu-bola) e registraram três nomes como marcas pertencentes à Fifa para depois anunciar a escolha e pôs os três nomes em votação pela internet, os três horrorosos.

Nem ao menos tiveram a dignidade de deixá-lo com seu próprio nome, tatu-bola. Virou Fuleco.

O Saci faz parte da nossa cultura popular e, se fosse “eleito”, seria assumido pela população, ao contrário do tal Fuleco, pra quem todo mundo torce o nariz.

Então, repito, vamos torcer para que se realize no Brasil uma bela Copa do Mundo, apesar da submissão do país à Fifa, e que a seleção brasileira jogue bonito e vença.

Mas protestando contra a corrupção, contra os desmandos da Fifa, contra a mercantilização do esporte e contra tudo de ruim, todas as tramoias que tentam nos enfiar goela abaixo.

E festejando o que tem de bom: a alegria do futebol bem jogado e bonito, a nossa riquíssima cultura, o nosso jeito de ser e viver.


Que a Fifa reine em outras plagas. Aqui é Saci!

O Fuleco estará nos estádios superfaturados da Copa? Pois bem, nas ruas, nas praças que queremos que continuem sendo do povo, festejaremos com o Saci.

Que cada um o desenhe, pinte, faça escultura dele com sua arte e sua criatividade, não tem que ser “um” Saci oficial, imposto.

Muitos cartunistas devem oferecer criações bem-humoradas do Saci Mascote, para serem usadas por quem quiser.

Mas quem não quiser nenhuma delas pode desenhar, pintar ou esculpir seu próprio Saci, o Saci do seu grupo, da sua turma.

Os Sacis são democráticos. Ninguém vai pagar royalties em nome dele.

Enfim, viva o Saci, mascote do povo na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Não nos submeteremos a nenhum império. Que a Fifa vá reinar em outras plagas!


(*) Mouzar Benedito, mineiro de Nova Resende, é geógrafo, jornalista e também sócio fundador da Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci)

Sua mãe morre de tesão (e vovó já sentiu volúpia)


O fotógrafo Leigh Ledare quer te mostrar algo, provar um ponto

Federico Mattos

Talvez você nunca tenha parado para pensar, mas sua mãe pode estar – nesse momento – morrendo de tesão, imaginando cenas perversas em que algum desconhecido a pega por trás. Essa imagem pode parecer por demais perturbadora, já que se trata da sua mãe.

Mas ela é gritante exatamente porque, se fosse com qualquer outra mulher, seria uma situação altamente cobiçável.

A repugnância que você deve ter sentido não é só um fato biológico de repelência genética, mas um valor profundamente enraizado em nossa cultura: mães não têm sexo.

Pessoas se masturbam vendo o vídeo com uma atriz pornô deliciosa.

Ela pode ter filhos e, consequentemente, alguém está batendo uma pensando na mãe dele.

A sua, como qualquer outra mulher, possui desejos vivos debaixo dos lençóis e, por pudor social ou sensibilidade demasiada de sua parte, ela nunca se sentiu à vontade para compartilhar sua aventuras e desventuras sexuais.

Talvez ela faça um boquete maravilhoso ou tenha habilidades com pernas e você nunca vai saber.

E se ela resolvesse abrir o jogo contigo e confidencializar suas taras? E se ela te contasse que já traiu seu pai com seu tio? E se ela abrisse o jogo pra desabafar que já colocou uma cinta peniana para se satisfazer com o seu pai?

O estereótipo de uma mãe velha e desinteressante provavelmente ajuda alguns homens a não considerarem que as madres são apenas pessoas e, como qualquer outra, são falíveis, além de nutrir uma gama rica de fantasias, sonhos, desejos e loucuras pessoais.

O fotógrafo Leigh Ledare resolveu encarar o fato de que sua mãe, assim como qualquer mulher do mundo, descabelada ou não, desfruta de tudo aquilo que o seu corpo pode permitir.

Leigh Ledare passou um ano e meio sem ver sua mãe Tina Peterson.

Quando voltou para casa, surpresa!, Tina o recebeu completamente nua, sem esconder que estava acompanhada de um namorado.

Segundo Leigh, essa foi a maneira dela demonstrar que tinha recuperado a autoestima.

Entre 2000 e 2008, Leigh tirou fotos de sua mãe nessa fase boa da vida, aos 50 anos, transando e sendo feliz. Quem deu a ideia foi ela.

É curioso ver a reação chocada das pessoas diante da ousadia deste filho.

Pervertido, tarado, veladamente incestuoso.

Muitos julgamentos difíceis de responder.

Mas ele deu uma pista em sua declaração:

“Eu vejo o desempenho da sexualidade de minha mãe como tendo uma série de funções, entre elas, desafiar o clima de moralismo e conformismo em torno dela, como uma forma de proteger-se do seu envelhecimento”

É muito bonito o seu protesto pela estética ao mostrar que ainda somos conservadores e queremos colocar na geladeira qualquer mulher que cruzou a linha da fase procriadora.


O culto à virgindade materna se tornou paradigma religioso por reforçar um temor que muitos trazem para si, a de que a mãe, como qualquer mulher, pode ser alvo de interesse sexual.

Em minha fase de leitor de contos eróticos, me surpreendia com a quantidade de histórias que envolviam uma mãe sapeca que queria iniciar a sexualidade do filho.

Além disso, em vários contos, poderíamos nos deparar com figuras maternais como a tia gostosona, a enfermeira safada, a secretária devassa, a empregada voluptuosa e outras tantas imagem que são representações de cuidadoras, mães disfarçadas.

Sigmund Freud, criador da Psicanálise, foi bem perspicaz ao denunciar esse drama inconsciente presente na mente do homem.

Ainda que muitos considerem as teoria do velho Sig ultrapassadas, não consigo deixar de entrever que o drama de Édipo ainda permeia o imaginário dos homens.

Ao separar mulheres em santas e putas, para trepar ou casar, se denunciam no esforço bem primitivo de separar aquelas que ele pode desejar desmedidamente e postar vídeos sacanas pela internet daquelas quase assexuadas que chamarão de esposa e apresentarão para a mamãe querida e imaculada.

A iniciativa de Leigh é um chamado de alerta para nosso moralismo habitual. É libertador.

Com isso, gostaria de ouvir o que acharam da exposição dele e sobre os temas que levantei aqui.

Ainda tem muito pano pra manga dos comentários.














quarta-feira, novembro 06, 2013

Presidente venezuelano cria o Dia Nacional dos Abestados


Ivan Pie-dy-Miesa (Enviadón especyal) – Acá, en la casa dy Caracas, non sy habla en otra cósita.

Después de la creación del Ministerio de la Felicidad y anticipar la Navidad para noviembre, el presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, incluido un nuevo aniversario conmemorativo del calendario en el país: “Día de la Lealtad y Amor al Supremo Comandante Hugo Chávez y la Patria”, que se celebrará el 8 de diciembre, y que los venezolanos ya están llamando a un “Día Nacional de los Abestados”...

Lo pueblo non está allando más la menor gracia en Maduro.

En el início, siempre que elle parecya en la televisión, todos corryan para verlo.

Multituds sy aglomerabán en friente a las lojas, parabán todo lo que estabán a fazerlo, solo para assystir a los sus programas dyários.

Autos parabán en plenas avenydas.

Pilotos descyan en aeropuertos no autorizados...

Hoube asta un caso en que um nabio subió cais afuera e estacionó en la frente de uno bar adondes estaba a pasar un programa con ello.

Pero las cositas mudarán por acá.

Mesmo cuando Maduro anda en las viellas, las personas fyngen que no lo conocen.

“Basta sólo fumando un cigarrillo de marihuana para Maduro ver Chávez en apartaderos, en las avezitas e incluso granos de café”, según o periodista Juan Caballero. “Debe de haber pegado el platinado dy tanto fumacê...”

“Nosotros estamos de huevos llenos delle”, declaró a lo CANDIRU, Don Cervantes de la Mancha, donno de la más famosa tinturarya de Caracas. “Hoy, nosotros preferimos a assistyr a lo Chapolin. Es más criativo, más jovencito y más engraciado qué Maduro”.

Segundo o que nosotros conseguymos apurar, lo motivo principal de lo descontentamiento da la populación con Maduro devese al facto dy que elle pretiende construyr una puente ligando la Venezuela a la Cuba, un antigo sueño de Chavez.

Hoy nuestra reportage voltó a ouvir Don Cervantes de la Mancha, enquanto elle labutaba em su tinturarya, lutando para retirar una mancha de batón de una cueca: “Yo quiero que la Habana sy phoda! Sy ella fuesse tán buena, non habia tantos médicos cubanos pendyndo arreglo polítyco. Asta en Brazil, donde lãs personas biben llamando “perro” de “mi cacho” y “Jesus” de “Jenésio”.

“Maduro devya era construyr una puente lligando Caracas a Miami, ay sy, todos nosotros íamos volver a votar en elle”, declaró Don Cervantes.    

O luxo e o lixo, noves fora nada!


Queridos leitores, abro todo meu espaço para transcrever um trecho da autobiografia não-autorizada do estilista Dener, a ser relançada em dezembro pela editora Cosac-Naify. A primeira versão de “Dener – O Luxo” foi lançada originalmente em 1972. 

Leiam o trecho abaixo e vejam a diferença entre um estilista com estilo e o lixo (no name, please!) que hoje ocupa uma cadeira no Congresso da nação. (Eva Gina dos Prazeres, secretária de redação, cama, mesa e banho do CANDIRU)

Os tanques estão na rua, Dener!

Em princípios de 64 eu comecei a perceber que o país estava fervendo porque em todo lugar só se falava de política. Muita gente vinha puxar conversa comigo porque sabia que eu vestia Maria Teresa Goulart. Eu achava uma graça danada de pensarem que eu jamais saberia as respostas para as perguntas que me faziam. Só comecei a ficar preocupado quando percebi que os comunistas estavam ficando fortes. Mas dois ou três uísques acabavam com qualquer preocupação.

Até que um dia eu sou acordado de madrugada, nem me lembro por quem. O mordomo chamou-me nervoso, pouco depois de eu ter adormecido. Percebi que só poderia ser revolução ou guerra, ou ninguém ousaria me chamar àquela hora. Era revolução. “Os tanques estão na rua, Dener! Parece que a revolução venceu...”

Eu fiquei no pânico mais desesperador. A primeira coisa de que me lembrei foi de uma fotografia de Pequim em que aparece todo mundo na praça vestido igualzinho. O que eu enxergava diante de mim era pior que o apocalipse. Alicia Scarpa, Elisinha Moreira Salles, todas de macacão azul, colocando rótulo em pacotes de goiabada em alguma fábrica de subúrbio. Jamais eu produziria macacões azuis para fabricação em massa. (...)

Sou tão inexperiente para esses momentos que não me passou pela cabeça esconder meus tapetes, minha prataria, meus objetos de arte. Não pensava no que eu tenho. Pensava no que eu não poderia mais fazer.

Comecei a imaginar como seria a deposição de Jango. Maria Teresa é mulher de categoria e certamente seria deposta com dignidade, fazendo alguma coisa que a marcasse. Mandei que o mordomo conseguisse ligar de qualquer maneira para o Palácio do Planalto. De repente, tinha-me vindo um pensamento negro: e se Maria Teresa, que deveria estar nervosa, não soubesse escolher o vestido certo para um momento desses. Afinal, em matéria de deposição, é raríssima uma segunda oportunidade.

Snowden revela que Dilma é, na verdade, uma comediante infiltrada pelo Pânico na TV


“No meu camarote sempre tem alguém do PMDB”, afirmou Dilma

Após dividir doze garrafas de champagne na balada com o Rei do Camarote, o agente Edward Snowden agregou valor ao afirmar que Dilma é um personagem criado pelo programa humorístico Pânico na TV. “Lula e o Pânico trollaram o Brasil ao eleger Dilma”, garantiu o ex-agente da NSA.

“Dilma era gerente de estoque um pequeno armarinho no Rio Grande do Sul quando topou participar da brincadeira, ainda na década de 70”, revelou Snowden. “Ao longo das décadas, criamos uma reputação de luta pela democracia na mídia e viralizamos pela rede”, completou.

No final da tarde, a Abin iniciou a apuração de uma denúncia anônima de que Edward Snowden também seria um humorista infiltrado.

Um relatório da CIA vazado anteriormente por Snowden também causou estupefação na comunidade internacional ao revelar que Lula não é mais presidente do Brasil.

“Um golpe bolivariano colocou a guerrilheira Dilma Rousseff na presidência”, diz o documento Top Secret assinado pelos agentes Hell Naldo Azeredo e Leslie Nielsen.

Relatórios paralelos causaram surpresa no povo norte-americano ao apontar indícios de que a capital do Brasil não é Buenos Aires e rumores de que o idioma falado no Brasil é o português.

“Estamos avaliando as informações com calma”, disse Barack Obama.

Membros da CIA também divulgaram um editorial admitindo que a Rede Globo apoiou o grupo É o Tchan e a candidatura de Merval Pereira à Academia Brasileira de Letras.

Novas curiosidades sobre sexo


Sexo é mais antigo do que se possa imaginar. É verdade que ainda assim tem alguns machos que juram que nunca se transou tanto e se fez tanta sacanagem quanto nesses tempos modernos de piriguetes, cachorras e piranhas chorando para entrar na vara... Mas confira aqui mais alguns registros históricos que servirão para provar que o nosso conhecimento é apenas contemporâneo e que os antigos sabiam tanto quanto ou mais que nós, mortais deste início de século.

TREINANDO ANTES
O Taoísmo pregava que uma criança só nasceria forte e saudável se a essência do pai estivesse na sua potência máxima. Para isso, o homem deveria manter relações com outras mulheres antes do encontro final com a “futura mamãe”.

COMIDA CASEIRA
Essa história de “comer a empregadinha lá de casa” é muito mais antiga do que se pode imaginar. Entre 1726 e 1736, mais da metade das mães solteiras de Nantes, na França deram o nome do seu patrão aos filhos.

MANUAL DO SEXO
Os chineses produziram os primeiros manuais de sexo conhecidos no mundo. Ainda hoje esse livros – ou o que sobrou deles – são vistos no Ocidente como pornográficos.

SEM CHANCE
No mundo grego, a castração obedecia a interesses puramente conceituais. O eunuco serviria como escravo para serviços internos, como cuidar dos aposentos do sultão. Seus órgãos sexuais externos eram cortados exatamente para isso, para deixa-los sem nenhuma possibilidade de qualquer gracinha para cima do harém.

CURA DA GONORREIA
A famosa gonorreia, que muito marmanjo por aí já contraiu, teve seu micróbio identificado em 1879. Já a cura, só foi descoberta depois da chegada das sulfamidas em 1941. Êita tempo bão!

RESTAURAÇÃO DO SELO
O Japão de hoje é exigente em relação à virgindade da noiva. Muito espertinhas, as mocinhas casadoiras não perdem a viagem. Segundo cálculos, cerca de 40 mil hímens são restaurados por ano. A operação é conhecida como “hímen renascido”.

SEXO E POLÍTICA
A putaria e a política foram feitas uma para a outra. De um lado, encontramos mocinhas que só pensam em sacanagem como fonte de renda, enquanto de outro, senhores afoitos que fazem, como fonte de renda, a mesma sacanagem. O ex-secretário de Estado Henry Kissinger chegou a proferir uma frase célebre: “O melhor afrodisíaco do mundo é o Poder, porque quem tem o Poder pode foder todo mundo...”

CUNHADA COBIÇADA
Por mais que se tente negar, sabe-se que o ex-presidente Fernando Collor ficou muito mais enlouquecido do que costume ao levar uma desfeita da cunhada. Queria convencê-la que seria possível conhecer as coxas mais cobiçadas do país sem trair o irmão. Como na época ele estava – e era também – muito vivo, o sonho se desfez. A partir daí, o seu castelo começou a cair.

TESÃO PRESIDENCIAL
Em novembro de 1960, John F. Kennedy comemorou sua vitória nas eleições americanas entre quatro paredes, na companhia de duas garotas deslumbrantes, estrelinhas desconhecidas de Hollywood. Seu refinado gosto por uma boa sacanagem era tanto que, a certa altura do campeonato, ele sugeriu um “ménage” a Jackie K., afirmando ter certeza de que ela adoraria. Mulheres bonitas não faltaram ao leito presidencial, passando por Mary Pinchot Meyer (pintora que afirmou ter fumado maconha com ele) e Jane Mansfield (a peituda mais peituda de Hollywood).

CAMINHOS DA FAMA
A atriz Marilyn Monroe, a loira mais linda e gostosa de Hollywood, rolou também pela cama dos Kennedy. Transou com o presidente, com seu pai Joe e com seu irmão senador Bob. Nunca revelou quem era o melhor, mas chegou a confessar que não gostaria de passar de novo pela trilha que a tornou famosa.

MAO ERA BOM DE CAMA
Mao Tsé Tung tinha um apetite insaciável por qualquer forma de sexo. Às vezes se divertia na cama com quatro ou cinco mulheres ao mesmo tempo. Costumava ofertar um manual taoísta de sexo para suas parceiras lerem. Não se importava com o fato de o sexo grupal espalhar doenças venéreas entre as jovens. Ele próprio nunca se curou de uma gonorreia de gancho. Mais ainda: ele também se relacionava sexualmente com rapazes. Tudo isso foi revelado pelo seu médico particular.

SANTO REMÉDIO
O mesmo presidente Kennedy deixou que algumas de suas intimidades sexuais viessem à tona. Tornaram-se absolutamente públicas suas investidas às mulheres do país inteiro, sempre com o pretexto de curar a enxaqueca. “Trepar é um santo remédio para esse problema”, costumava dizer.

TOALHA MOLHADA
Deu na impressa: ao descobrir que seu marido, o então governador de Alagoas Geraldo Bulhões, tinha uma amante, a primeira dama, dona Denilma, deu-lhe uma boa surra de toalha molhada.

SEXO NAZISTA
Adolph Hitler, um dos líderes mais temidos e execrados do século XX, levou para abaixo dos sete palmos algumas versões, verdadeiras ou não, sobre sua sexualidade. Nunca foi muito envidenciada sua convicta heterossexualidade, da mesma forma como muito se anunciou que fazia questão de transar de botas. Consta também que ele colecionava fotos das amantes, sempre nuas, com a bunda em close, para que não fossem reconhecidas em caso de extravio. Há notícias de que era chegadíssimo a um sadomasoquismo perverso. E ainda, estranhamente, a maioria de suas amantes morreu por suicídio.

SEXO FACISTA
Benito Mussolini, o mais jovem Primeiro Ministro da história italiana, ficou conhecido como o “rapidinho”, pelas perfomances sexuais em seu gabinete, que eram tão ligeiras, que sequer tinha tempo de tirar os sapatos e as calças. Imagine que o homem evitava a todo o custo que as mulheres passassem uma noite com ele, por medo que elas rissem da sua “camisa de dormir”.

TANGO E PODER
Eva Peron vivida por Madonna no filme Evita, em memorável produção norte-americana, foi implacável na sua carreira sexual, mostrando-se amante de uma série de homens que subiam na vida. Supostamente era muito boa de “boquete”, e iniciou sua carreira sexual, como prostituta. Tanto que aos 14 anos de idade, ela ofereceu seus serviços sexuais para um cantor de tango, de segunda categoria, chamado José Armani, contanto que ele a levasse para Buenos Aires. Os que a conheceram dizem que Evita era uma mulher assexuada, fria e matreira, cujo interesse era o poder.

PRIMEIRA EMPREGADA
Thomas Jefferson, ex-presidente dos Estados Unidos não dispensava nem a empregada de casa. Consta que o bacana teve um longo caso com a mulatinha Sally Hemings, que era filha da empregada, e com que o presidente teve uma reca de filhos. Cobravam-lhe que oficializasse o título de “primeira-empregada” para a mulatinha sestrosa, já que existia o de primeira-dama.

CORRENDO ATRÁS
Segundo o noticiário sensacionalista, consta que o ex-presidente do Brasil, Jânio Quadros, certa vez foi flagrado correndo atrás da sua secretária particular em pleno gabinete, rodando feito galo doido, com as piores intenções possíveis para com a mocinha. E, em seguida, proibiu biquíni na praia.