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quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Esse samba tá diferente: blocos de rua tocam sons como Coldplay, Phoenix e Killers


Fabiano Alcântara

Há algo de estranho no reino de Momo. Parece que o rotundo monarca anda ouvindo rock indie e dando moshs. Dizem as más línguas que ele até deixou uma barba hipster.

Coldplay, Phoenix, Killers, Cut Copy, MGMT são alguns sons que o bloco Loveblock promete levar para as ruas de São Paulo.

A iniciativa se junta a outras, por todo Brasil, em que marchinhas e axé passam longe como Bloco do Sargento Pimenta, Bloco dos Malditos, Bloco Cru e Bloco pra Iaiá (que toca Los Hermanos) no Rio, Bloco Carnivalha, em Salvador, Bloco Quanta Ladeira, em Olinda, e o glorioso Bloco do Pink Floyd, que atrai roqueiros a Pedralva, no Sul de Minas, há 18 anos.

Acho natural o surgimento de blocos mais alternativos, que saiam um pouco do tradicional imaginário do carnaval. As pessoas são únicas, diferentes e é esperado que neste momento em que a rua é pública e tudo é possível, haja espaço para experimentação do novo, da expressão individual de cada um, ou de cada grupo”, afirma o produtor cultural Rogério Oliveira.

Entre as músicas do repertório do bloco estão “Sweet Disposition”, do Temper Trap, “Young Folks”, do trio Peter, Bjorn and John, “What You Know”, do Two Door Cinema Club, “Lights & Music”, do Cut Copy, “Rather Be”, de Clean Bandit, e “Read My Mind”, The Killers. Eles ainda prometem rolar sons como Florence the Machine, Asaf Avidan & The Mojos e Blur, em arranjos especiais com ritmos brasileiros.

Há uma iniciativa nascendo no Rio de músicas dos Rolling Stones. Além delas, há uma imensidão de artistas como Tim Maia, Caetano, Roberto Carlos e muitos outros que são homenageados durante o carnaval. Achamos que o carnaval é isso, é pra ser essa mistura livre mesmo, sem preconceito, onde cada um vá pra rua expressar o que sente, da forma que sente, através da música que melhor expresse tudo isso”, diz Rogério.

Bem no espírito gourmetizador, a festa tem uma preocupação com a sustentabilidade e será bancada por um crowdfunding que espera arrecadar R$ 40 mil. Também estão no pacote: body art, estúdio de tatuagem, cenografia na rua criada pela artista Júlia Duarte, nuvens de bolas de sabão, e, claro, food trucks.

Dizaê, bicho: você vai ser outro tijolinho nesse Carnawall?

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