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quinta-feira, fevereiro 15, 2018

O mocó está de luto: Paulo Figueiredo e Jorge Tufic não moram mais aqui!



Em menos de uma semana, dois grandes amigos atravessaram o espelho. O advogado, professor universitário, jornalista e escritor amazonense Paulo Figueiredo faleceu na madrugada do dia 9, sexta-feira, em São Paulo, após passar por uma cirurgia no hospital Sírio Libanês.

Paulo Figueiredo foi articulista de diversos veículos de imprensa no Amazonas, incluindo um período como colaborador do jornal A Crítica. 

Sua última obra lançada foi “Náufragos da Esperança – Corrupção e Incompetência na República Lulopetista”, na qual analisa, com olhar crítico, os anos de governo do PT no Brasil.

Ele também escreveu “O Cesteiro Inglês” e o “O Golpe Militar no Amazonas – Crônicas e Relatos”.

Além da carreira na comunicação e no Direito, ele também foi secretário de Estado de Relações Internacionais no primeiro governo de Amazonino Mendes.

O Governo do Estado publicou uma nota de pesar pelo falecimento de Figueiredo, prestando “condolências aos familiares e amigos nesse momento de perda”.

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Amazonas (OAB-AM), na qual Paulo Figueiredo era registrado com o número 547, também manifestou pesar pela morte dele.

O velório foi realizado no sábado, após o corpo ser encaminhado de São Paulo a Manaus.


Já o jornalista e poeta Jorge Tufic Alaúzo, autor da letra do Hino do Amazonas, morreu nesta quarta-feira, 14, também em São Paulo. Ele tinha 87 anos e lutava contra um câncer no pulmão.

Nascido em Sena Madureira (AC), em 1930, Tufic foi membro da Academia Amazonense de Letras e publicou inúmeros livros.

Aos 12 anos de idade, o escritor se transferiu para Manaus, onde realizou estudos secundários.

Mais tarde, militou na imprensa de Manaus e foi um dos fundadores do Clube da Madrugada, tendo ocupado também a direção da Fundação Cultural do Amazonas.

Em 1976, foi agraciado com o diploma “O Poeta do Ano”, prêmio concedido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas, em reconhecimento à sua vasta e intensa atividade literária.

Jorge Tufic era sócio-fundador da Academia Internacional Pré-Andina de Letras, em Tabatinga (a 1.108 quilômetros a oeste de Manaus), além de fazer parte do Conselho Estadual de Cultura.

O poeta acreano foi o vencedor do concurso nacional lançado, em 1980, pelo então governador do Estado, Jorge Lindoso, para a escolha do hino do Amazonas.

Desde 1969, Tufic ocupava a cadeira de nº 18 da Academia Amazonense de Letras, que tem como patrono o poeta Jonas da Silva.

Dentre os livros publicados por Jorge Tufic estão “Varanda de pássaros”, “Chão sem mácula”, “Retrato de Mãe” e “Quando as noites voavam”.

A ex-presidente da AAL, Rosa Brito, lamentou o ocorrido. “Sentimos muito, ele era uma pessoa muito competente e querida. É mais um intelectual respeitado que se foi, ele era um excelente poeta. A sociedade amazonense e brasileira perdeu um grande poeta”, disse ela.

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